sábado, 5 de janeiro de 2013

gritos


Quando nossos segredos,
gritam e gritam tanto,
e seu barulho é tão alto,
que ficamos quase surdos.
Quando eles são,
fortes o bastante,
e sem nenhum espanto,
vivemos sufocados,
em sua essência humilhante,
e nem podemos dizer, não!
Não vemos mais nada,
quase como um cego,
entregado à um vício antigo,
presos na mesma estrada,
como se fosse única sina,
numa trilha suicida,
sem mais ressentimento.

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