sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Até Quando?

Como vou suportar,
continuar errando?
Até quando?

Mas quero e quanto quero,
cada vez mais
tudo isso que faço.
E não raro
nesse erro satisfaço
A minha rebeldia!

Vou persistir errando,
até quando?
É um desejo incontrolável
Devagar, me domina
Como gosto, e quanto
Desse prazer que me consome tanto
E sempre me condena
a minha hedonia.

Até quando,
Vou insistir errando?
Por todos poros emana,
uma razao insana
que vai me dominando.
Não tenho forças para resistir.
Toma tudo de mim, aos poucos.
Aplasta-me como um louco,
destrói minha entropia.

Vou continuar errando,
os sentimentos me dominando,
até quando?
Essa força me subjuga
Erro após erro, tão humanos.
Sofrendo esse flagelo insano,
que me persegue e me castiga.
Luto contra seus grilhões.
Para me livrar dessas mil razões.
Vou e volto, num redomoinho,
ao mesmo lugar, turbelinho.
Destroçando-me nesse caminho.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Andanças e caminhadas I

Quanto você voou!
Quem bate as asas
Como você bateu
Que decisão indomável
Arrastada pelo mundo
e o mundo consigo
Ao mesmo tempo amando
e com fibra gerindo
nada de fútil nem de vago
Por um lugar meio seu
Voando entre barreiras e brisas
Pros sonhos que você sonhou!



continua...

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Um retrato, uma eternidade

Peço desculpas pelo atraso
Foi uma foto sem contrato.
Na verdade não fiz um trato,
para lhes enviar esse retrato,
e ainda estou dentro prazo.

Essa singela imagem
Reflete um minuto, eternidade!
Irradiava tal felicidade,
transformava toda paragem,
com sua alegria explicita.


Fiquei até meio sem jeito
De compartilhar tal amizade.
Posso dizer, bem feito
Quem mandou ter, tais amigos,
como esses, do peito!

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Um amor, são sempre dois.

O que é certo, é que um amor, nunca é um só.
Por mais que se compartilhe, se divida e desminta.
Sempre um amor são dois amores.

Dividi meus tenros sentimentos.
Absorvi seus intimos sabores.
Falei dos recondidos escondidos.
Escutei atento seus segredos.

Dividimos um sonho indescritível
Juntos tivemos novas e novas vidas.
Dividi contigo a miséria.
E voce me deu sua riqueza.

Desmentistes minhas ilusões de você.
Te surpreendi com algumas maravilhas.
Decepcionei você tantas vezes.
E por outras tantas, fui surpreendidamente traído.

Não importa se esse amor é eterno.
Um deles são os meus sonhos.
O outro é o seu sendo escrito.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Drones e gargalhadas!

A verdade é cruel
Preciso ser fiel

Cuidado com essa velha
Loura carrancuda
esquálida e carcomida
Se você der trela
Um inferno, vira sua vida

Liberdade de expressão?
Guantánamo que o diga
Belgrado, Trípoli, Afeganistão
Ela não se cansa, nem fatiga

Tem muito carinho
Pelos diletos bichinhos
Voam como passarinhos
Drones, seus queridinhos
Matam tudo, direitinho.

Defesa dos direitos humanos?
Ela diz e repete como lema
Se compraz trêmula
Vê ao vivo, seus assassinos!

Dizem, está pra lá de doida
Aquela sua gargalhada
Uma zombaria a morte
Correu mundo, de tal sorte
Sentença inapelável!
Porrete insaciável!




quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Até quando? III

Até quando?
Vou insistir errando...
Por todos poros emana,
uma razao insana
que vai me dominando.
Não tenho forças para resistir.
Toma tudo de mim, aos poucos.
Aplasta-me como um louco,
detona minha entropia.


Porque ainda sonho?

Não sei porque ainda sonho.
Se a vida é tão cruel e dura
Destrói tudo que tenho
Nem um sopro de candura!

Não sei porque ainda sonho
Se só vislumbro amargura
talvez porque nele disponho
algum conforto, uma ternura?

Não sei poque ainda sonho
Vendo essa incessante tortura
Se seu crime é tão medonho
Como alcanço minha procura?

continua...

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Colonização

Não foi surpresa ver queimada
Aquela bandeira, meia quadriculada
Bem no meio, de uma embaixada
Por aquela massa, irada
Que não se importava, era com nada
mas também não queria ser tratada
Como futura carne esturricada
Pelos canhões de sua alteza
Pelos misseis dos aviões, da realeza

Cameron, uma tristeza..
Branda o tratado de Viena
mas trucida sem pena

Diriam os jornais, um acinte!
Vândalos! uma violação!
mas alguém tem alguma ilusão.
A metrópole mente.
Suas tramoias e planos:
Nova colonização
dos pacíficos iranianos.





Vacilei

Estou ficando cego,
Tal qual um prego!
e não nego,
não te vi passar.
não reparei.

Um vacilo, sim, eu sei
Não disse um oi
Nem um sorriso esbocei
e assim, como veio, voce se foi

Restou um vazio
Cheio do meu resmungo
Importa o que eu xingo?
Adianta o quanto vago?
Você? não está comigo!

sábado, 26 de novembro de 2011

Você diz

Você diz que tem muito carinho.
Que sou muito importante
mas seu tempo é tão pouquinho
Sempre algo te faz ficar distante

Quem não gostaria
Ter sempre nova chance
A vida melhor seria
guiar-se nela, um romance.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Uma chance ...

Sabes que te desejo,
mas esquivas dessa paixão
Posso roubar um beijo,
mas daí, não passo não

Tenho por você tanto carinho
Quase um devoção
Vamos a um charmoso ninho
Não suporto mais, esse quase não.



sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Seus encantos

Não quero tomar seu encanto
Bastava dele um pouquinho
Não era preciso tanto!
Só compartilhar um carinho

Não quero roubar seu quebranto
Bastava provar um tantinho
Sem medo, não quero tanto!
Com todo cuidado e jeitinho

Não quero te ver em prantos
Na despedida, só um tiquinho
Lágrima, não é pra tanto!
Basta um beijo e um cheirinho.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Além do destino


O destino?

Para muito vem algoz
Não há como escapar,
fugir ou negociar,
de seu final feroz

Outros tantos sem opção
Lutam contra a morte
Esperneiam em vão
diante de tamanha sorte

Outros com melhor berço
Creem ludibriar, podem ?
Dedicam horas, muito esforço
Ao fim e ao cabo, sucumbem.

Existem heróis, bravos!
Ao invés de fugir, buscam
Desafiam-no de pé, altivos!
No futuro continuam vivos.





Silêncio...

Mãe acalenta seu filho à morte em Sirte, Líbia



Não consigo escrever
Se fosse possível descrever
tamanha dor de uma mãe
não existiriam palavras

Não resisti

Pareceu surgir do nada
Tomou-me quase toda
Deixou-me toda úmida
Sem controle de mim
De repente, foi assim.
Tentei sair, fugir!
Me soltar, me livrar
Achar, um pouco de ar!
Não consegui resistir
Me verguei, encurvei
Aos meus soluções me entreguei
As lágrimas molhavam-me copiosas.
Rasgavam-me impiedosas.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Sai desse ressentimento!

Quando nada sai como o imaginado
Relaxe não fique angustiado

Não fique assim amuada
O que passou, remoendo
Largue essa dor viciada
Joga fora esse ressentimento

Dê uma nova chance
Não abafe os sentimentos
Quem sabe você vence
Esse presente ressentimento

Escute os sentidos, sinta
Não se feche, nem se esquive
curta o novo, se permita
a paixão que você vive.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

As trevas do Ocidente

Quando cai a noite, breu escuro
Quando nossa mão, vaga e tateia
Quando tudo é envolto, em negro puro
Quando não existe mais em que se creia

Nessa horas de desconsolo e agonia
Nesses tempos de tristeza e felonia
Meses de mortes, chacinas e vilania
dia a dia, bombas, tiros, corpos, tirania

Quando o homem vê sumir a chama
Pira que do alto, o horizonte ilumina
Sua pena, purga na própria terra, o desterro
Não entende qual sua culpa, que terrível erro!

Das chamas que lhe consome, como carvão
é de onde retira sua última força
Para uma sobrevivente e insana razão
Gritos de dor, urros de vingança!

...continua

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Poesia e Cerveja



O que eu queriam muito, muito mesmo.
Era cerveja, poesia e beijos.
Nem precisava ter todos nossos desejos.
Bastava vagar com você a esmo!


segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Um sonho

Dividir sem conhecer
Compartilhar o intangível
Apenas para satisfazer
Um sonho quase possível

sábado, 22 de outubro de 2011

Execração Pública

Execração Pública
Ritual macabro
Punição em dobro
Em vida a morte covarde
Após a morte o opróbrio

Meus algozes em altos berros divulgam
Violam e gargalham sob meu cadáver
Sob minha tumba festejam e dançam
Expões para todos seu vil caráter

Minha morte não será em vão
Esse meu corpo perfurado
Esse sangue escorrido
Muito e muitos inspirarão

Razão Férrea

Essa razão férrea me extermina
Sente-se senhora de mim
Pensa que a tudo domina
Mas, não é bem assim

Coitada como se engana
Seu rito, regra e mando
ela mesmo reproduz e germina
Mas aos poucos vou tudo minando

Orquídeas, Chocolate e Sorvete





Suspensas, duas orquídeas brancas
A parede de musgo e enormes avencas
Uma amendoeira com uma sombra inerte
Sorvete de creme, brownie de chocolate

Me lambuzei com o sorvete,
chocolate e creme, um banquete
juntinhos na boca com o bolo...
mergulhei no prazer, fui um tolo!


poesia, cerveja e beijos


quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Rapinagem na Grécia

Se o valor do homem é o trabalho,
Porque estou com esse dinheiro de montão:
Essa fortuna, foi só especulação
Não me importa,
To ricaço, vão todos pro caralho!

Na frente do terminal, foram dias
Forçando, vendendo que agonia
Por fim, quebramos a Grécia
Não importa!
Se jogarmos ela toda na falência!

Quer saber da verdade nua e crua
Serão milhões no olho da rua
Vão manifestar, louca histeria
Não me importa!
Cairão todos eles na miséria!

sábado, 15 de outubro de 2011

Pássaro Verde II

Meu sangue corre nas ruas de Tripoli,
Ele é de esperança.
Quanta dor , quanta matança.

Me disseram que a esperança
É um passaro verde.
Voa voa e nem se cansa
voa sobe os montes
cruza os desertos
ninguém o alcança

Corre , percorre e se alastra, o fogo pelos seu deserto
Consome calcina e mata, tudo aquilo que lhe passa por perto
Perseguem-te, não deixam descansar
Voa, voa, pássaro verde, não se acorrente
Mantenho seu destino, sua rebeldia.
Misseis, bombas, aviões e morteiros
Tanque, helicópteros e artilharia
Mercenários, terroristas e estrangeiros.
Siga firme em seu rumo na sua galhardia

O papa, os santos e seus nobéis
As cruzes, os comitês e as anistias
A imprensas jornais e todas as mídias
Expoentes, dessa cruel vilania!
Calam e falam torpes ignominias
De tais formas e tantas maneiras
Que os calabouços da bastilha
as fogueiras
Onde queimaram as heresias
sorvendo o sangue que fervilha
Pedem ao decrépito ocidente
Loas a pilhagem e a partilha!

Voa pássaro verde voa, é preciso voar
Seus irmão presos nessa sanha assassina
Desviam para ti verde esperança, seu olhar
As lágrimas de desconsolo da morte
turvam-lhes o horizonte, tal chacina
De perto, corpos despedaçados
pernas, braços, estômagos vazados
Rostos de crianças desfigurados
Outros sem vida estirados
jazem nos pisos destruídos
Alinhados em corredores mórbidos
de hospitais de verdadeiros holocaustos.

Voa, voa, pássaro verde
Porque assim eu vou indo,
voando , procurando,
encontrar o lugar que você se encontra.

Ate Quando? - II

Vou persistir errando
Até quando?
É um desejo incontrolável
Devagar, me domina
Como gosto, e quanto
Desse prazer que me consome tanto
E sempre me condena
a minha hedonia.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Até Quando? - I

Como vou suportar?
Continuar errando.
Até quando?

Mas quero e quanto quero,
cada vez mais
tudo isso que faço.
E não raro
nesse erro satisfaço
A minha rebeldia!

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Ver pela primeira vez



O risos e a alegria
Ver pela primeira vez.
Quase uma poesia
envolvente e alegre,
como o ar, nos sorria.
Guiou os sentimentos.
Nos envolveu.
Suaves sensações
Um toque macio,
levemente invasivo.
Gosto, cheiro, sabor
de belas canções.



Um pouco de poesia para amenizar a visão da barbárie cometida pelo União Europeia na Líbia




terça-feira, 27 de setembro de 2011

Pássaro Verde

Meu sangue corre nas ruas de Tripoli,
Ele é de esperança.
Quanta dor , quanta matança.

Me disseram que a esperança
É um passaro verde.
Voa voa e nem se cansa
voa sobe os montes
cruza os desertos
ninguém o alcança

assim eu vou indo,
voando , procurando,
encontrar o lugar que ela descansa

domingo, 3 de julho de 2011

Acácia

Se eu tivesse uma paixão escondida, seria você
Se me deixasse germinar uma flor recôndida, seria você.
Se permitisse, uma paz invadir, seria você.

simples,
viva e vibrante,
fulgurante entre nós,
aos céus se impõem,
um grito de acácia aflorando.

pele macia,
toque de seda
gomos de romã
não se subjugue.