sexta-feira, 1 de junho de 2007

3 semanas terríveis

Depois de 3 semanas de sofrimentos que me deixaram fora de combate volto a escrever.
Senti muita dor nesse período.
Por isso o pequeno poema do posto abaixo, feito nesses momentos.

A nossa sociedade, ou melhor na estratificação social que vivo, a dor não é um elemento relevante da vida humana.Temos tratamento médico, analgésicos, e mesmo doentes raras vezes essa realidade está muito perto.
Mas de fato, a dor é um elemento da humanidade.
Fala da dor física, advinda dos males do corpo.Dilacerando diretamente o espirito pela teias que prendem-no diretamente.
Como, passei por cinco médicos e só no final consegui um tratamento clínico que aliviasse minha dor, pude vivê-la de maneira intensa.

Já tinha vivido após minha operação a outra experiência com a dor, a do alívio.
O paciente que sai de uma cirurgia de abdomen e tem acesso à remedio a base de morfina para aliviar a dor.
Quando cheguei no leito do quarto e recobrei a consciencia, eu estava bem.
Mas passado algumas horas, um dor intensa e profunda começou a aparecer.
Contraia meu abdomen de dor, fazendo levantar ligeriamente à altura do pescoço.
Ainda era dia, e eu estava acompanhado e logo veio um moça de branco, um anjo, que injetou um liquido no soro. A faca que resgava meu abdomen passou, e fiquei num estava de ligeira exaltação.
Passado várias horas, os sinais da ameça da volta começaram a surgir.
Como desejei ver a moça de branco, meu anjo voltar.
Imaginava como fica um dependente químico, ansiando pela tragédia da cura de seu tóxico.
Quando ela dobrou à porta... antes mesmo de voltar a injetar à substancia no soro, já sentia vir o reconforto da inexistencia da dor.

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