Haverá regresso? A chuva simboliza algo temporário, mas a viagem nem sempre precisa carregar esse estigma. A dúvida existencial suscitada é incrivelmente dialética porque a duração da dor não se pode medir, eis aí a contradição que não se encerra.
Normalmente às sextas feiras
Quando fico sem eira nem beiras,
à vagar pelo mundo ébrio,
Concateno algum poema,
que talvez se tivesse sobrio,
nao teria coragem ou alma,
Para rabiscar assim em vão,
e compartilhar, a dor, a alegria e paixao
do-exilio
Esquecimento
Como se levantaria, sem o esquecimento
Da noite que apaga os rastos, o homem de manhã?
Como é que o que foi espancado seis vezes
Se ergueria do chão à sétima
Pra lavrar o pedregal, pra voar
Ao céu perigoso? Bertold
5 comentários:
O final da viagem? Não sei! Mas há uma beleza poética nessa tristeza, nostalgia ou melancolia.
Os pingos da chuva doce se misturam com as lágrimas salgadas, lavando a alma sofrida...Muito bonito "Sem Fim"
Não sabemos...só seguindo em frente,viajando...
Belíssimo!
Haverá regresso? A chuva simboliza algo temporário, mas a viagem nem sempre precisa carregar esse estigma. A dúvida existencial suscitada é incrivelmente dialética porque a duração da dor não se pode medir, eis aí a contradição que não se encerra.
(Obrigada, amigo por partilhar de sua arte)
Postar um comentário