sábado, 28 de abril de 2012

"Empresário da Diversão"


O "empresário da diversão"
dito nobre e respeitado.
Figurinha fácil na televisão
quase sempre despeitado.

Dizem, "comem na sua mão"
governador senador e deputado.
Bradam seu carácter ilibado.
no convívio com a contravenção.

O "empresário da diversão"
Atribuiu-se nova missão
virou gladiador da coisa pública
encontrou ouvidos sórdidos
a reportagem pudica
Os interesses mórbidos

Veja, reveja,
Dela a fonte seja
Aqui não tem bobo
um mundinho,
fácil controlar esse globo.




quinta-feira, 26 de abril de 2012

Pinheiro, Pinheirinho

Planície de futuro.
Recondido pinheiro.
Terra de ninguém
Ocupada, sabe-se por quem
e não imaginas seu réquiem

Tua vida fervilha,
de orgulho brilha
Não sabes seu futuro calvário
Aberto pelas chaves
desse sórdido claviculário

Irromperam pelas suas civis vielas
Por esta comunidade singela
Ao som das balas.
O pavor das bombas.
Executaram com gala.
Cheio de honras e pompas.
Sob o calor do fogo a te devorar.
Para mostrar.
Aqui, vocês nada são,
nem um pedaço de cidadão!

quinta-feira, 19 de abril de 2012

impérios caídos e togados

Um togado vitalício,
rebela-se ao ser investigado.
A impunidade é seu benefício!

Consegue de bom grado.
Sem grande suplício.
Uma liminar provisória.
Contra o ato vexatório,
de investigar seu patrimônio.

Derrotado pelo colegiado!
muitas e muitas vezes
Despede-se magoado e irritado.
mesmo tendo passado,
vários e vários meses!

sábado, 14 de abril de 2012

Nossas palavras

Nossas palavras.
Falar de nós,
bruma nenhuma,
Nenhum problema.
Falar a sós.
Quase silencio.
Só os detalhes.
Horas à fio.
Esse olhar próprio
dito secretamente
quanto vale?
dividido e único,
entre nós.

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Não queria voltar

Não queria voltar.
Queria ficar
Nesse lugar,
taciturno.
Sem levantar
meus olhos
acabrunho.
Sem escutar
os ruídos
risadas, grunhidos,
vagabundos,
de quem nem se pela
nenhum segundo!