Ora, "no meu espelho", na minha visão de leitora, vejo uma Musa inatingível, não sei se à maneira dos românticos do século XIX. Talvez, a Musa já tenha se entregado aos desejos do poeta, mas a forma como ele a vislumbra assemelha-se à idealização romântica de mulher fatal, arrebatadora, Senhora da verdadeira paz num mundo caótico, do qual só o amor pode lhe resgatar e trazê-lo de volta à harmonia do cosmos(risos). Observe:
"Você em meu espelho, imagem doce e fugaz, lembranças que amealho visão que me compraz."
Quer dizer, só no reflexo sentimental do poeta ela é "doce e fugaz" lirismo bastante terno. Bem, e o conflito... ela é fugaz, eterniza-se nas lembranças! O poeta tem que viver a amargura, "o inferno de amar" de Almeida Garret para se regozijar. Eis os bons ingredientes do sempre ilustre Romantismo.
Preciso falar que gostei? Eu gostei! KKKKK. Poetão! Abraço, amigo.
Normalmente às sextas feiras
Quando fico sem eira nem beiras,
à vagar pelo mundo ébrio,
Concateno algum poema,
que talvez se tivesse sobrio,
nao teria coragem ou alma,
Para rabiscar assim em vão,
e compartilhar, a dor, a alegria e paixao
do-exilio
Esquecimento
Como se levantaria, sem o esquecimento
Da noite que apaga os rastos, o homem de manhã?
Como é que o que foi espancado seis vezes
Se ergueria do chão à sétima
Pra lavrar o pedregal, pra voar
Ao céu perigoso? Bertold
3 comentários:
Esta lembranças que de tão vivas,parecem visagem.....
Ora, "no meu espelho", na minha visão de leitora, vejo uma Musa inatingível, não sei se à maneira dos românticos do século XIX. Talvez, a Musa já tenha se entregado aos desejos do poeta, mas a forma como ele a vislumbra assemelha-se à idealização romântica de mulher fatal, arrebatadora, Senhora da verdadeira paz num mundo caótico, do qual só o amor pode lhe resgatar e trazê-lo de volta à harmonia do cosmos(risos).
Observe:
"Você em meu espelho,
imagem doce e fugaz, lembranças que amealho visão que me compraz."
Quer dizer, só no reflexo sentimental do poeta ela é "doce e fugaz" lirismo bastante terno. Bem, e o conflito... ela é fugaz, eterniza-se nas lembranças! O poeta tem que viver a amargura, "o inferno de amar" de Almeida Garret para se regozijar. Eis os bons ingredientes do sempre ilustre Romantismo.
Preciso falar que gostei? Eu gostei! KKKKK. Poetão! Abraço, amigo.
Isso, foi um hálito qualquer a embaçar o teu espelho, sempre impecável!
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