quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Insustentado!


Quem esquece.
quando algo descontrolado,
uma reação descabida,
um fato louco e absurdo,
o inesperado, acontece.

Ah! quando surgem,
não sabemos o que fazer,
sem previsão, nos confundem,
e pasmem,
pensamos neles como miragens,
ilusões, colagens,
que irão passar,
nunca ocorrer.

Fico assim,
sem chão, flutuando,
insustentado!
trêmulo, inseguro,
tateando,
nesse meio quase escuro,
por talvez, quem sabe,
um pedaço de quase nada,
ou algo que de vez acabe,
com essa razão insustentada.

5 comentários:

Drika disse...

Ain que lindo!!!

Levy Ramos Andrade disse...

Muito bom...Fico sem chão...

A

flânerie e linguagem disse...

Poema menos hermético. Há que se indagar se existia antes de tal acontecimento abrupto uma razão sustentada. A vida cartesiana demais não é envolvente? Creio que não. Precisamos de rupturas, enleios com a chegada do novo e por que não da criação.pensar que somos interpelados tanto pelo inconsciente quanto pela ideologia que opera por meio deste é algo que, sem dúvida, nos deixa sem chão, clivados, mas, a psicanálise dá a volta nisso e nos revela: não somos tão manipulados assim quanto dizem, existe uma coisa que nos move e que vai além disso - o desejo - esse sim surge de súbito, na invenção do banal. Principia com "(..) algo que de vez acabe,
com essa razão insustentada."

Lindo poema.
A flâneur aqui agradece rs.

Angie disse...

A insegurança já é por si, flutuante, desancorada ..
Um pedaço qualquer de tamanho, não há de ser igual a nada.
E a tão solúvel razão, essa sim, é tudo vezes nada★

Angie disse...

VIDA RARA E RALA *