sábado, 18 de agosto de 2012

Desculpem-me a intromissão


O que de fato,
me lembro,
o que ficou gravado,
foi que estava nu,
em pé, recostado,
numa parede, saciado,
molhado, desmilinguido
e ela, olhava,
consumindo,
e saboreando,
o prazer ofertado,
sentia-me devorado,
pelos olhos,
e seu sorriso saciado,
estendida,
um pouco recurvada,
nua,
retesados plexos,
sensíveis gestos,
seu sexo,
seu corpo,
calmo e distendido.
como uma mágica,
burilada pela vida,
e nesses versos apreendida.









5 comentários:

flânerie e linguagem disse...

Que maravilha esses versos(risos). Chamou a minha atenção o contraste entre a avidez do desejo e a delicadeza do eu-lírico mediante a amada. "seu corpo,
calmo e distendido.
como uma mágica,
burilada pela vida," a ambiguidade de "burilar" confirma a projeção suave feita à mulher,ainda que em condições de abrasamentos (risos).
Amei.

Cotidiano disse...

Sempre intenso e ao mesmo tempo suave e delicado na descrição.
Não acho fácil ,mais do que captar,descrever um momento destes.

Cristina Ferber disse...

A magia do sexo descrita em versos é tão linda quanto o momento em que acontece. Vc descreveu bem esse momento pois fui capaz de ver com clareza, como se lá estivesse. Bela poesia! Um abraço.

Angie disse...

"(...)E nesses versos apreendida..."
e...noutras últimas vezes, deliciosamente consumida! ★

Angie disse...

METAQUIMICA *